Nos encontros, a career coach Juliana Owen analisa currículos, prepara perfis de LinkedIn e até treina os candidatos para entrevistas
Quem quer trabalhar na Austrália pode encontrar alguns obstáculos: há a parte da legalidade, que envolve documentos e vistos, e a entrada no mercado de trabalho australiano, que exige habilidades e documentos mais específicos.
Para ajudar estudantes e profissionais nessa empreitada, a Good Day Education oferece o D’Career, um programa de carreiras especialmente desenvolvido para orientar e dar suporte a candidatos a vagas de emprego na Austrália.
O D’Career conta com as orientações de Juliana Owen, fundadora da New Mind Consulting e international Career Coach, com mais de 15 anos de experiência no mercado de recrutamento na Austrália.
No programa, Juliana recebe o aluno em encontros online. Eles podem acontecer em uma única sessão ou em pacotes com mais aulas. O aluno pode escolher o seu combo de acordo com suas necessidades: eles podem incluir análise completa do currículo, construção da cover letter (carta de apresentação) e perfil do LinkedIn, treinamento para entrevistas e mais. Confira aqui todos os pacotes.
“É importante destacar que o D’Career é um programa totalmente humanizado”, afirma Juliana. “Não acompanhamos os clientes apenas durante os encontros. Depois que eles terminam, mantemos contato. Falamos sobre como estão indo os processos seletivos, e eu dou todo o suporte e segurança para que eles não sintam que estão caminhando sozinhos”.
Conversamos com Juliana para descobrir mais detalhes sobre o D’Career e como ele pode ajudar quem quer trabalhar na Austrália. Confira!
Para quem é o D’Career? Apenas estudantes ou também pode ajudar profissionais que já têm uma carreira no Brasil e querem trabalhar na Austrália?
Qualquer pessoa pode contratar o D’Career. É um programa desenhado para qualquer profissional que queira ingressar no mercado australiano ou até para aqueles que já trabalham na Austrália, mas buscam desenvolvimento em outra área de atuação.
O D’Career oferece um serviço completo. Primeiro, o cliente é atendido pelo time da Good Day, que o orienta em toda a parte legal e burocrática, como o visto para residentes. Depois, eu guio o cliente para navegar no mercado de trabalho.
Tenho um trabalho muito focado no posicionamento no mercado australiano. Porque é preciso analisar as habilidades e transferi-las para esse mercado.
Os encontros com você são em português ou em inglês?
Depende – o cliente ou aluno pode escolher o idioma que prefere. Geralmente, os brasileiros preferem em português, mas eu também trabalho com muitos estrangeiros. Alguns clientes brasileiros, contudo, querem treinar o inglês ou preferem que eu avalie o nível do idioma.
A cover letter é muito pedida pelos recrutadores australianos, mas aqui no Brasil ela não é tão comum. Qual a importância dela?
A cover letter é uma carta de apresentação; um documento com texto objetivo, de uma página, que deve fazer o “match” das habilidades do candidato com a vaga.
No Brasil, de fato, a cover letter é obsoleta. Na Austrália, a maioria das vagas pede – isso é um sinal de que os recrutadores não lerão o currículo inteiro, então eles dão ao candidato a oportunidade de se apresentar. Por isso, é importante destacar as habilidades de acordo com o que a vaga procura.
No D’Career, analisamos as habilidades do cliente e fazemos o “match” delas com o que o mercado de trabalho pede. O candidato recebe a cover letter e pode modificar detalhes dela de acordo com a vaga para a qual está aplicando.
Além da cover letter, quais são as outras diferenças do mercado de trabalho australiano? Quais dificuldades um profissional estrangeiro pode encontrar?
Uma das dificuldades é que alguns estrangeiros que ainda não têm residência precisam de um “sponsor” para conseguir trabalhar na Austrália. Ou seja, a empresa empregadora deve pagar uma taxa ao governo para manter o funcionário, durante dois ou três anos.
Existem candidatos que já vêm para cá com vistos que não precisam de sponsor. Por exemplo, se ele vem como estudante e faz um curso em uma universidade, ele entra no visto de pós-graduado, que permite trabalhar por dois anos. Nesse meio tempo, não precisa do sponsor. Após esse período, o profissional provavelmente vai precisar desse patrocínio, mas aí ele já vai ter uma carreira engatilhada.
Mas há jeitos de não precisar do “sponsor”. Dependendo do tipo de curso, de indústria e de trabalho, a pessoa pode aplicar para o emprego por meio de um programa chamado “skilled migration”. Nesse programa, o candidato ganha pontos por qualidades, qualificações e especializações na sua área profissional. Se ela juntar o número de pontos necessário, já pode aplicar para a residência.
E as empresas costumam dar o “sponsor”?
É mais comum que as empresas deem o “sponsor”, ou seja, invistam em profissionais mais jovens, de 20 ou 25 anos. Para profissionais acima de 50 anos, fica mais difícil de conseguir.
Quando a empresa pensa em investir em um profissional por meio do patrocínio, ela considera que a pessoa precisa estar motivada a trabalhar na empresa por, no mínimo, dois ou três anos, que é o período do “sponsor”. Então, ela pensa em funcionários com energia, que agreguem valor à empresa.
Por isso, é melhor que profissionais mais velhos venham para a Austrália com residência; assim, não precisam do “sponsor”.
No D’Career, o cliente pode se preparar com as aulas que estão nos pacotes. Mas vocês também oferecem sessões únicas. Como elas funcionam?
Nas sessões únicas, ou single sessions, a gente trabalha qualquer assunto que for de necessidade do cliente. É importante que ele me envie o currículo com antecedência para que eu possa analisar antes do encontro.
O próprio cliente escolhe como será a sessão. Ela pode ser de feedback e revisão do currículo, uma conversa sobre como funciona o mercado australiano, uma preparação de entrevista, como buscar vagas no LinkedIn, orientação sobre como entrar em contato com recrutadores,etc.
Na sessão única, não há documento entregue, como preparação de currículo, cover letter e perfil de LinkedIn. É uma sessão de brainstorming, sobre qualquer assunto que o cliente queira trabalhar. Se constatarmos que é necessário alterar ou modificar o currículo, o cliente pode fazer por conta própria ou ele pode contratar um pacote do D’Career.
Alguns pacotes do D’Career têm a mock interview. Como funciona essa entrevista?
A mock interview é uma preparação para a entrevista de emprego. Há duas formas de trabalharmos na mock interview. Podemos fazer com feedback após cada pergunta e resposta, ou fazemos a entrevista inteira e o feedback só vem ao final.
Como é uma preparação para a entrevista de emprego na Austrália, já fazemos em inglês. Mas os feedbacks podem ser em português, se o cliente preferir.
É uma sessão longa, com uma hora e meia de duração. Ao final, o cliente recebe um email com todo o feedback da sessão, para que ele consiga lembrar de tudo e trabalhar em cima dos apontamentos e exercícios que eu passo.
A mock interview funciona muito bem: ela tem 93,7% de aprovação. Ou seja, quase todo mundo entra no mercado de trabalho depois de treinar.
E se o cliente tiver um nível de inglês mais básico? É possível fazer a mock interview?
Sim, é possível! Eu tive um cliente que era recém-formado em engenharia mecânica no Brasil. Ele nunca tinha trabalhado na área e veio para a Austrália. No começo, ele trabalhou aqui em empregos comuns a quem chega, como cleaner, hospitality… mas ele queria seguir carreira na área dele.
Com base nas skills dele e no nível de inglês, nós miramos em vagas mais júnior. E ele acabou conseguindo um emprego como engenheiro mecânico júnior em Brisbane, que ainda tem um mercado pequeno. Ou seja, é muito possível.
E no caso de uma pessoa que fez um trabalho part-time na Austrália, como cleaner por exemplo, e decide buscar um emprego na sua área de formação universitária. É possível fazer essa transição no país?
Sim, mas o candidato deve se preparar. Buscar as qualificações, trabalhar nas especializações. Se for um diploma de faculdade do Brasil, ele precisa ser reconhecido na Austrália. Se tudo estiver ok e a pessoa se preparar, ela tem uma grande oportunidade de entrar no mercado de trabalho na Austrália.
Mas é preciso se preparar e não só ficar enviando currículo de qualquer jeito. Como o mercado de trabalho na Austrália é pequeno, a pessoa já vai “queimando o filme” quando faz isso.
Quer saber mais sobre o D’Career? Entre em contato com a GoodDay Education!