O número de brasileiros interessados em cursos de nível superior cresce diariamente. Mesmo entendendo o idioma, frequentar o ambiente acadêmico não é tarefa fácil. Para se adaptar à cultura de ensino australiana, muitos estudantes investem em aulas de English for Academic Purposes (EAP).
A Coordenadora de EAP 2 da Escola ELSIS, Alberta Noden, explica. “Estudar em outro país é sempre diferente. Com o curso, os alunos adquirem o conhecimento e as técnicas acadêmicas da melhor forma possível”. Uma grande diferença entre os métodos educacionais australiano e brasileiro é a quantidade de atividades. “Nosso papel é dar informação ao aluno e dizer ‘olha, é isso que você vai encontrar na Universidade’. Assim, ele pode se preparar melhor”, comenta Noden.
Para a estudante Sofia Lima, é grande a diferença de ensino. “No Brasil, o método aplicado nas faculdades é bem diferente do australiano. Aqui é preciso entender como desenvolver e formatar os trabalhos e apresentações”, comenta a brasileira. “Aqui, muitas vezes, você é avaliado pelas atividades e não através de provas. Além disso, aprender a escrever sobre um tema em inglês é um desafio”, conclui Sofia.
O EAP, basicamente, é dividido em doze semanas e um total de oito trabalhos durante o período do curso. Além disso, existem quatro atividades onde a aprovação é essencial para receber o certificado – duas dissertações e duas apresentações. De acordo com a Noden, “as aulas também são muito interativas” dando possibilidade aos alunos de participarem de “discussões e debates onde, muitas vezes, o tópico é escolhido pelos próprios estudantes”.
Professores, escritores e outros convidados visitam as universidades e dão palestras sobre suas pesquisas e trabalhos para os alunos -prática comum na cultura acadêmica australiana. “Além das apresentações, nós também usamos vídeos para que os estudantes aprendam temas diferenciados”, indica a Coordenadora.
De acordo com a Assistente do Diretor de Estudos da Escola Rima Ibrahim, parte dos brasileiros que frequentam o curso têm certa dificuldade em matérias específicas do EAP. “Muitos consideram resumir, parafrasear autores e usar referências nas atividades de pesquisa e nas dissertações tarefa difícil”, afirma.
Mas as aulas não são apenas para a turma interessada em conseguir um diploma, não. Parte dos estudantes escolhem o curso por conta do desafio. “As aulas são mais difíceis do que as de General English“, comenta a Noden. “Temos muitos cursos voltados para testes – IELTS, Cambridge – que alguns alunos simplesmente não querem fazer no momento. Com o que aprendem no EAP, estão melhor preparados para qualquer outra atividade futura”, completa.
Mesmo com foco acadêmico, muitos profissionais que precisam aprender a escrever em inglês corretamente procuram as aulas. “Nós recebemos muitos jornalistas. Como a profissão exige domínio do idioma, muitos optam pelo EAP por ser um curso que foca muito na escrita”, completa.
Para Sofia, as aulas também serviram para desenvolver a habilidade de falar em público. “Meu maior desafio foi a apresentação oral, por ser tímida”, conta. Para a brasileira, vencer as dificuldades foi sinônimo de dedicação. “Treinei horas em frente ao espelho”, ri.
A superação trouxe benefícios no ambiente profissional. “Quando apresentei projetos na empresa que trabalho aqui na Austrália, me senti muito confiante. Devo isso ao curso e ao meu professor que me corrigiu nos mínimos detalhes”, conclui a estudante.
Para os interessados em frequentar as aulas, uma dica da estudante. “Estude e fale muito, mesmo que esteja errado. O professor está na sala para ajudar. Se jogue, faça a apresentação, treine, escreva. O inglês vem naturalmente, mas para isso precisamos estar abertos a aprender”, comenta.
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